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Brasil, Doença de Alzheimer e Idosos
Brasil, Doença de Alzheimer e Idosos


 

CORPO + MENTE = SAÚDE PERFEITA

 

     O crescimento no número de idosos no Brasil estabelece um importante alerta sobre o crescimento do número de doenças relacionadas à idade, particularmente as degenerativas, como a Doença de Alzheimer (Neto et al., 2007).

 

     Só no Brasil, estima-se que em 2000, 1 milhão e 200 mil pessoas tinham doença de Alzheimer diagnosticado, com a incidência de 100 mil novos casos por ano (Scazufca et al., 2002).

 

     Nos Estados Unidos, a doença de Alzheimer é a quarta causa de óbito na faixa etária compreendida entre 75 e 84 anos de idade, e a terceira maior causa isolada de incapacidade.

 

     As estimativas naquele país demonstram que uma em cada dez famílias americanas possui um membro com doença de Alzheimer, sendo aproximadamente 4,5 milhões de indivíduos afetados, que podem alcançar quatorze milhões nos próximos anos (Machado et al., 2006).

 

     Os números são impressionantes e chamam a atenção para a necessidade de profissionais de saúde estar preparados para o atendimento desse paciente considerando todas as suas especificidades.

 

     Entre as estratégias de sucesso na tentativa de minimizar a degeneração causada por esse tipo de demência, doença, o exercício físico praticado de forma regular e bem orientado tem ganhado destaque (Oliveira & Furtado, 1999; Araújo, 2008).

 

     Entre tantos trabalhos científicos comprovando os benefícios do exercício físico para pacientes com doença de Alzheimer, vamos citar Rovio et al., (2005) que constatou em sua pesquisa científica que pessoas com cerca de 50 anos que fazem exercícios por meia hora pelo menos duas vezes por semana podem reduzir pela metade o risco de desenvolver doença de Alzheimer.

 

     É importante mencionar que esses benefícios podem ser observados mesmo que a prática de atividade física seja iniciada em uma fase tardia de vida, por sujeitos sedentários (Caromano et al., 2006), ou seja, não nos restam dúvidas que o papel do exercício físico é fundamental nesse processo, e que a manutenção do estado de saúde geral promovida pela prática regular dessa atividade é um importante passo para que o paciente de Alzheimer não seja marginalizado em nossa sociedade.

 

Referências bibliográficas:

 

     ARAÚJO, A. O processo de envelhecimento e suas alterações fisiológicas no organismo. Universidade de Rio Verde – FESURV. Disponível em: https://www.cdof.com.br/O%20PROCESSO%20DE%20ENVELHECIMENTO%20E%20SUAS%20ALTERA%C7%D5ES%20FISIOL%D3GICAS%20NO%20OORGANISM.pdf. Acesso em: 22 abr. 2008.

 

     CAROMANO, F. A.; IDE, M. R.; KERBAUY, R. R. Manutenção na prática de exercícios por idosos. Rev Dep Psicol UFF, Niterói, v. 18, n. 2, p. 177-192, 2006.

 

     MACHADO, J. S.; FRANK, A. A.; SOARES, E. A. Fatores dietéticos relacionados à Doença de Alzheimer. Rev Bras Nutr Clin, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 252-257, 2006.

 

     NETO, J.; TAMELINI, M.; FORLENZA, O. Diagnóstico diferencial das demências. Rev Psquiatr Clinc, São Paulo, 2007.

 

     OLIVEIRA, R. J.; FURTADO, A. C. Envelhecimento, sistema nervoso e exercício físico. Revista Digital, Buenos Aires, ano 4 - n. 15, 1999. Disponível em: https:// www.efdeportes.com/efd15/exercic.htm. Acesso em: 11 jul. 2008.

 

     ROVIO, S.; KAREHOLT, I.; HELKALA, E.; VIITANEM, M.; WINBLAD, B.; TUOMILEHTO, J.; SOININEM H,; NISSNEM, A.; KIVIPELTO, M. Leisure-time physical activity at midlife and the risk of dementia and Alzheimer’s disease. The Lancet Neurology. Stockholm, v. 4, n. 11, p. 690-691, 2005.

 

     SCAZUFCA, M.; CERQUEIRA, A.; MENEZESA, P.; PRINCEC, M.; VALLAADA, H.; MIYAZAKI, M.; DOMINGOS, N.; ANTUNES, E.; MACEDO, S.; ALMEIDA.S.; MATSUDA, C. Investigações epidemiológicas sobre demência nos países em desenvolvimento. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev Saúde Pública, v. 36, n. 6, p. 773-778, 2002.